No local, descrito como o Golden Gate Highlands National Park, que tem estado a ser escavado e estudado desde 2005 por uma equipa liderada por Bruce Rubidge, do Instituto Bernard Price da Universidade de Witwatersrand, foram encontradas ninhadas de Massospondylus.
Para os cientistas, as ninhadas de Massospondylus constituem não só prova dos mais antigos ovos e embriões de dinossauro como também de comportamentos até agora desconhecidos, designadamente a construção de ninhos ou locais de reprodução por aquela espécie.
Rubidge disse à agência sul-africana de notícias SAPA que os trabalhos naquele local revelaram que os pequenos dinossauros se mantinham nos ninhos durante um determinado período, "pelo menos até atingirem o dobro do tamanho que tinham à nascença".
"Dez ninhos foram encontrados em vários níveis. Cada um deles contém 34 ovos redondos, estreitamente aglomerados de forma organizada", disse à SAPA Robert Reisz, professor de biologia e paleontólogo canadiano da Universidade de Toronto, que liderou os trabalhos de campo, nos quais participaram também Hans-Dieter Sues, do Instituto Smithsonian dos Estados Unidos, Eric Roberts, da Universidade James Cook da Austrália, e Adam Yates, da Universidade de Witwatersrand.
A descoberta, que foi noticiada no jornal da Academia Nacional das Ciências, é para David Evans, um conservador de Paleontologia de Vertebrados do Royal Ontario Museum do Canadá, "notável".
"Esta incrível série de ninhos permitiu-nos pela primeira vez um olhar sobre a reprodução de dinossauros muito cedo na sua História evolucionária", disse Evans.
Os fósseis foram descobertos em rochas sedimentárias que datam dos inícios do período jurássico. Os cientistas descrevem o Massospondylus como "um familiar do Sauropods, um dinossauro gigante e de pescoço longo que viveu nos períodos jurássico e cretácio".
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