Este tipo de gás está a ganhar terreno nos Estados Unidos e sabe-se agora que Portugal também pode ter condições para explorar este recurso que se apresenta agora como uma alternativa energética consistente
Os avanços tecnológicos permitiram ultrapassar uma série de barreiras que impediam a extração de um tipo de gás, não convencional, cuja formação ocorre em argilas betuminosas.
O shale gás encontra-se a grandes profundidades, entre os seiscentos e os três mil metros. As formações deste gás prolongam-se por vários quilómetros de extensão e a única forma de acompanhar essas camadas de subsolo é através da perfuração horizontal, uma técnica que é complementada pela fraturação hidráulica que consiste na "estimulação do reservatório através da injeção de água a grande pressão, químicos e areia para criar porosidade e impermeabilidade artificialmente", explica Diogo Rosa do Laboratório Nacional de Energia e Geologia.
Presente no Bombarral, Cadaval e Alenquer
Os Estados Unidos da América são o maior produtor mundial de shale gás. As estimativas indicam que as reservas deste gás na América do Norte têm capacidade para abastecer os EUA nos próximos 45 anos. Os olhos viram-se agora para Europa e Portugal faz parte da lista de países com formação de shale gás. De acordo com os estudos realizados em território nacional, "a formação da Brenha será a formação com mais interesse para o shale gás, portanto, esta formação está presente nos conselhos de Bombarral, Cadaval, Alenquer, logo, aí será o local onde poderá haver mais potencial", acrescenta Diogo Rosa.
Vantagens da exploração de shale gás
Em termos de consumo o shale gás é um recurso mais barato e menos poluente, ainda assim, para os especialistas a exploração deste gás levanta questões quanto às consequências para o meio ambiente, nomeadamente para contaminação das reservas de água potável existentes nos lençóis freáticos.
Na Europa este mercado está a crescer e para além de Portugal há registo de potenciais reservas na Eslováquia, Ucrânia e França. A Polónia e a Alemanha já iniciaram alguns projetos de exploração.
Fonte: aeiou.expresso.pt a 6 de janeiro de 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário