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segunda-feira, 12 de março de 2012

Estudo: Degelo dos glaciares nos Andes, Alpes e Alasca ameaça 11-38% da diversidade destas regiões


A completa fusão dos glaciares nestas regiões fará desaparecer entre 9 e 14 espécies de invertebrados alpinos, associadas aos rios e ribeiros por eles alimentados, com as primeiras extinções a surgirem quando as massas geladas a grandes altitudes sofrerem uma redução de 50%.
Embora o degelo dos glaciares não esteja a ser tão intenso quanto em tempos se pensou – a previsão de que o gelo nos Himalaias iria desaparecer em 2035 já foi retratada – é um facto que as massas de gelo a grandes altitudes estão a desaparecer.
Exemplos claros desta realidade são os glaciares tropicais no México e América do Sul que já se sofreram uma redução de 30% desde meados dos anos de 1980.
O fenómeno está a preocupar os cientistas, e um estudo recém-publicado na revista Nature Climate Change revela que há novos motivos de inquietação no que toca aos seus efeitos na Biodiversidade.
Os investigadores analisaram, em 103 locais, a fauna de larvas de insetos alpinos associada aos rios e ribeiros alimentados pela fusão das massas geladas nos Andes do Equador, Alpes europeus e montanhas costeiras do Alasca, e compararam-na com a percentagem da bacia hidrográfica coberta por glaciares.
Os resultados revelam que são numerosas as espécies que ocupam nichos ecológicos muito restritos – a Lednia tumana, por exemplo, habitat apenas secções de ribeiros alpinos de 500 m de comprimento, revelou um estudos nas Montanhas Rochosas norte-americanas -, de tal forma que quando metade da cobertura do gelo a grandes altitudes tiver derretido, essas espécies vão começar a desaparecer.
Com efeito, se os glaciares das três áreas montanhosas desaparecerem por completo, perder-se-ão entre 9 e 14 espécies, que representam 11% da diversidade no Equador, 16% nos Alpes e 38% no Alasca.
No caso específico destas espécies que têm características de habitat tão específicas, o traslado para novas localizações ou a restauração de habitat, que são opções válidas na conservação de outras espécies animais, não estão disponíveis, restando apenas uma alternativa – o combate às Alterações Climáticas à escala global.

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