Este mapa, descoberto por duas investigadoras encarregadas de fazer a correcção do catálogo da biblioteca, estava guardado entre duas gravuras de geometria num lote de livros e documentos do século XIX, que até agora tinha passado despercebido.
A versão é mais pequena do que o mapa datado de 1507 encontrado num mosteiro alemão em 1901, do mesmo autor. Com três metros quadrados, aquele planisfério é visto como a 'certidão de nascimento' do continente americano.
Em 2007, a chanceler alemã Angela Merkel ofereceu-o aos Estados Unidos. Hoje, faz parte da lista de mundial de documentos da UNESCO e pode ser visitado na Biblioteca do Congresso, em Washington.
Waldseemüller, Colombo e Vespucci
Waldseemüller ajudou a estabelecer "América" como o nome do continente recentemente descoberto em honra das expedições do explorador Amerigo Vespucci. Este era contemporâneo do genovês Cristóvão Colombo, que, ao serviço do Reino Espanhol, chegou a América Central em 1492, acreditando que estava a chegar à Ásia.
O trabalho de Waldseemüller manteve-se na obscuridade por muitos anos, mas foi absolutamente fundamental para uma compreensão radicalmente diferente da geografia. O alemão elaborou o mapa baseando-se nas descobertas de Colombo e Vespucci.
Quinta versão
Antes da descoberta deste pequeno mapa, eram conhecidas apenas apenas quatro versões. Uma delas tinha sido vendida em leilão, em 2005, por 800 mil euros.
Sven Kuttner, que dirige o departamento de livros antigos da biblioteca, afirma que este mapa é ligeiramente diferente das outras versões. Por exemplo, o porto de Calecute, onde Vasco da Gama desembarcou 1498, está assinalado no Mapa. Mas nesta versão está desenhado no quarto fragmento, enquanto que nas outras se encontra no quinto.
A origem desta cópia não foi ainda determinada com absoluta exactidão. Mas os investigadores acreditam que foi criada, provavelmente, pouco depois do seu primeiro mapa. O planisfério foi impresso a partir de blocos de madeira cuidadosamente esculpidos.
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